Tudo sobre viagens com animais de estimação

Tudo sobre viagens com animais de estimação

Passar as férias com seu pet pode exigir preparação minuciosa. Dependendo do destino, são necessárias doses de paciência para lidar com a burocracia dos hotéis, das companhias aéreas e de ônibus. Além de cuidados básicos para que o bicho não sofra durante o trajeto.

O primeiro problema que o dono pode encontrar são os regulamentos das empresas responsáveis pelo transporte e pela hospedagem. Como não existe legislação específica para viajar com animais domésticos no Brasil, cada uma segue sua própria cartilha.

Dois documentos são sempre requisitados: o cartão de vacinação e o atestado de saúde assinado por um veterinário. “Planejar com antecedência é o segredo para não voltar frustrado”, garante Luis Fernando Oliveira, dono da Doc-Dog, agência especializada em viagens com pets. A seguir, confira algumas dicas para transportar animais domésticos.

 

AVIÃO

A maioria das companhias limita o número de animais por voo. Por isso, quem pretende levar seu pet deve fazer reserva específica até 24 horas antes do embarque.

Em geral, os de pequeno e médio porte são aceitos na cabine de passageiros, desde que permaneçam dentro da caixa de transporte.

Na TAM, por exemplo, para o pet ir junto com o dono, seu peso somado ao da caixa não pode ultrapassar 10 kg. Acima disso, só no compartimento de cargas. A taxa para embarcar o animal em vôos domésticos da companhia, custa R$ 90 mais o peso da caixa com o animal multiplicado pelo correspondente a 0,5% da tarifa cheia do trecho a ser voado.

Para viagens nacionais, o Guia de Transporte Animal (GTA), emitido por veterinários autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), não é mais obrigatório para os animais de companhia. Bastam o atestado do bicho do veterinário e o cartão de vacinação.

Para viagens internacionais, é exigido também o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pelo Mapa, e microchip para alguns países, como o Reino Unido e a Suécia.

CARRO

Mesmo com pets acostumados a longos trajetos, é importante programar paradas a cada duas horas. Fora do carro, ofereça água, mas não o alimente, pois enjôos são comuns. “Ração, só até duas horas antes da viagem”, diz a veterinária Ana Luiza Mazorra.

De carro, as caixas de transporte e os cintos de segurança para animais devem ser adotados. Além do risco de acidentes, deixar o bicho solto é infração média, com perda de quatro pontos na carteira e multa

HOSPEDAGEM

Os hotéis e as pousadas que aceitam animais costumam exigir que a presença do pet seja avisada no ato da reserva. Em geral, são pedidos somente o cartão de vacinação e o atestado de sanidade. Em alguns estabelecimentos, há também a assinatura de um termo de compromisso onde o dono se compromete a pagar possíveis despesas com estragos.

Os donos não reclamam. “Antigamente era difícil encontrar lugar que aceitasse animal”, desabafa a secretária executiva Sílvia Ferreira, 52. Ela já desistiu de várias viagens para não deixar a chihuahua Madá, 6, sozinha.

Mas o mercado percebeu o filão. Desde 2006, o Sofitel de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Guarujá, da rede Accor, permitem a presença de animais de até 10 kg e oferecem serviços de banho, tosa e passeios para os pets.

ÔNIBUS

Nem todas as empresas de transporte rodoviário aceitam animais. A Viação Cometa, por exemplo, permite bichos de até 8 kg. Mas informa que os outros passageiros devem estar de acordo.

A empresa não cobra taxa. O dono pode viajar com ele no colo, dentro de caixa de transporte. Somente alguns veículos possuem compartimento apropriado no bagageiro. É aconselhável deixar água à mão, assim como toalhas de papel e saco de lixo para eventuais “emergências”.

É bom lembrar que animais são sensíveis a mudanças. Cada detalhe deve ser pensado. As decisões devem levar em conta a idade e as condições de saúde do bicho. “Idosos e filhotes menores são os mais sensíveis”, afirma Ana Luiza

Dicas para embarcar

  • Compre a caixa de transporte com antecedência
  • Estimule o animal a brincar dentro dela para criar intimidade
  • Leve a cama e a ração de costume
  • Não use sedação; prefira calmantes à base de substâncias naturais
  • Mantenha os mesmos horários de alimentação e passeio
  • Espalhe objetos conhecidos no quarto do hotel
  • Veja mais dicas aquiFontes: Alexandre Rossi (Cãocidadão), Ana Luiza Mazorra (Ventura Veterinária) e Luis Fernando Oliveira (Doc-Dog).
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